domingo, março 03, 2013

Fernanda Montenegro reflete sobre o envelhecimento e a profissão que a mantém altiva aos 83 anos

Atriz vai estrear na direção teatral e ainda tem três filmes e uma novela a caminho

Mauro Ventura 


RIO - Aos 83 anos, Fernanda Montenegro emenda um trabalho atrás do outro, de Norte a Sul do país, mas não se queixa de cansaço.
— Eu me poupo desse charme de falar “não quero mais, daqui a pouco vou parar”. No máximo é um desabafo de uma tarde de verão. Fisicamente você pode até dizer “puxa, mais uma vez sair por aí afora”, mas o espírito te leva com muita alegria.
Ela não celebra nem lamenta a velhice. Como diz, nem idealiza nem deprecia a idade. Por isso, evita os extremos, seja eufemismos como “melhor idade”, seja palavras como “velho”, contaminadas pelo preconceito.
— Melhor idade? Imagina. Você vai perdendo a audição, a visão, o paladar, sua pele vai secando. Mas é uma realidade, que vai piorar se você começar a achar que é uma desgraça. É da natureza e ponto, vamos tocar a vida.
Por outro lado, levou um susto outro dia quando alguém, falando a seu respeito, disse: “Mas é uma octogenária.”
— Achei a palavra horrenda. É verdade que sou, mas que palavra brutal.
Ela acredita que o segredo para encarar o envelhecimento é encontrar um canal, “algo que alimente o ser humano”. No caso dela, são dois canais:
— O primeiro é uma predisposição que tenho para a vida. O outro é ter uma vocação e realizá-la, porque ela é inarredável. Nos encontros com jovens atores, sempre digo: “Desistam. Agora, se você não conseguir se levantar mais da cama, comer e respirar, aí volte e vá fazer essa profissão.” Porque se você ficar à morte só pode voltar para viver. Mas aguente as consequências, porque é uma profissão marginal e marginalizada, e vai ser sempre. No caso do teatro, seu trabalho só existe enquanto alguém que viu você fazer estiver vivo.
Fernanda está com projetos de cinema, teatro e TV em 2013. Um ano atípico? Não.
— Sempre tenho pelo menos duas dessas modalidades funcionando.
Mas, desta vez, há uma novidade. Ela estreia na direção com a peça “Nelson Rodrigues, por ele mesmo — Um depoimento”, que entra em cartaz em meados do ano. A ideia veio quando leu o livro de Sonia Rodrigues, filha de Nelson, que compilou documentos, crônicas, entrevistas e textos do pai.
— Achei fantástico. Ano passado, no centenário, todas as suas peças foram montadas, mas quase ninguém falou do Nelson, dessa figura que no fundo é a sua grande criação.
Ela ensaia há um mês com Otávio Augusto, que não virá caracterizado.
— Ele não vai botar barriga, terno azul marinho, sapato marrom, meia branca, gravata bordô, peruca. Não vai falar de boca fechada, lentamente. É justamente para ficar na essência de Nelson. A peça é um depoimento para uma plateia, é um falar um pensamento. Minha finalidade ao tocar nesse material é ser absolutamente fiel, respeitá-lo a ponto de não sair dele. Não tem dramaturgia, não tem uma fala que não seja do texto dele — diz ela, que organizou tudo em blocos, como as redações de jornal, a política, o amor, sua vida.
No cinema, Fernanda filmou ano passado em Pelotas, no Rio Grande do Sul, “O tempo e o vento”, com direção de Jayme Monjardim, que estreia em outubro. Rodou no início deste ano “Boa sorte”, de Carolina Jabor, ainda sem previsão de lançamento. E, no fim de 2013, entra no set de “Do fundo do lago escuro”, de Domingos Oliveira. Na TV, fez em dezembro a dona Picucha no especial “Doce de mãe” (cotado para virar seriado em 2014) e estará em “Saramandaia”, que começa a ser gravada em abril e vai ao ar em junho.
Apesar de transitar com igual desenvoltura por cinema, teatro e TV, ela deixa clara uma diferença de tratamento.
— Eu me ofereço ao teatro, vou em busca dele, fustigo-o. Bato na porta e peço para entrar. Nos outros meios de arte, eu sou solicitada. Não saio me oferecendo para o cinema e para a TV.
O que não é tão comum hoje em dia.
— Atualmente, pelos cursos todos que eu vejo, 80% dos alunos estão visando o mundo eletrônico.
Ela fala de como é “muito pesaroso” ver as mortes em sua geração, aquela entre 80 e 90 anos, formada por atores que se “forjaram buscando personagens”.
— De uns poucos anos para cá, morreram Paulo Autran, Sérgio Viotti, Gianfrancesco Guarnieri, Sérgio Britto, Italo Rossi, Renato Consorte, Chico Anysio, Walmor Chagas, Fernando (Torres, seu marido). É uma limpeza assustadora. São peças que não têm reposição. Fernando foi um louco por teatro, uma vida de entrega, dirigindo, atuando e produzindo.
Foram 60 anos ao lado de Fernando, que morreu em 2008. Ela não quis se mudar do apartamento onde moraram juntos nos últimos 12 anos, em Ipanema.
— A casa tem muito dele. Poltrona, livros, há toda uma memória aqui dentro que me acompanha com muita emoção. Tem os retratos dele. Converso com Fernando. Mas não sou uma velhinha maluca — diz, com bom humor.
São coisas como “poxa, mas está difícil o dia hoje”, “hoje foi pesado”, olhando para as fotos. Sair do apartamento que acumula tantas lembranças não vai ser fácil, mas faz parte dos planos.
— Acho que uma hora quero morar perto da Nanda (sua filha, a atriz Fernanda Torres), na Lagoa. Para estar junto dela e ela junto de mim. E também pelo Cláudio (seu filho, o diretor Cláudio Torres, que mora no Humaitá). A família é muito interligada, e uma hora você vai precisar de um suporte. Você tem que se organizar para isso, sem morbidez, mas com objetividade.
Fernanda Montenegro foi ver “Amor”, do austríaco Michael Haneke, Oscar de melhor filme estrangeiro. Saiu impactada com a atuação de Jean-Louis Trintignant, de 81 anos, e Emmanuele Riva, de 85 anos, que foi indicada ao prêmio de melhor atriz — caso também de Fernanda, em 1999, por “Central do Brasil”.
— São extraordinários. Você vê até onde pode chegar uma atuação. Vê a predisposição em mexer, aceitar, entender e se integrar a zonas insalubres.
No filme, Georges e Anne têm seu tranquilo cotidiano radicalmente afetado pela doença dela, que sofre um AVC.
— Não sabia que era nessa dimensão a demonstração do ser humano em seu estertor. Se soubesse, talvez não tivesse ido ver. Mas aí teria perdido tamanho grau de interpretação.
Ela fala de como é assistir a um filme com a temática do envelhecimento e da doença protagonizado por personagens da mesma geração.
— Você dá graças a Deus por não estar naquele estado, mas, ao mesmo tempo, reconhece que de repente talvez possa entrar naquela situação e ficar na área de perigo.
Fernanda conserva a independência física, mental e financeira. Quando não está viajando, anda diariamente pelo calçadão de Ipanema. Na hora de subir três ou quatro andares, usa a escada. E ainda tem as exigências da profissão.
— Nada é mais solicitante para o físico do que o palco.
Mas, como diz, nem todos chegam à idade avançada com “pujança de vida”.
— E aí precisam de assistência, de alguém que cuide.
Apoio que muitas vezes não vem. Ela explica que, no caso de uma criança, que ainda não tem domínio de sua estrutura, as pessoas ficam muito felizes em cuidar porque ela está a caminho da vida. Mas, quando se trata de cuidar de alguém que está nos últimos instantes, que só vai piorar, tudo muda. Fernanda reclama desse descaso com a “velhice desvalida”.
— A pessoa não entende que vai para o mesmo lugar. A Humanidade nem sempre tem uma visão da sua falência.
A peça “Nelson Rodrigues, por ele mesmo — Um depoimento” é a única na agenda teatral do ano. Mas, se surgir uma brecha, tem ainda “Viver sem tempos mortos”, com direção de Felipe Hirsch, sobre a vida e a obra de Simone de Beauvoir, que estreou em 2009. Em 2012, a atriz apresentou o monólogo nos CEUs (Centros Educacionais Unificados) de São Paulo, e pode voltar a qualquer momento com ele.
— Recebo pedidos do Brasil todo, de festivais ou não.
Mês que vem começa a gravar “Saramandaia”, remake de Ricardo Linhares para a novela de Dias Gomes. O papel foi criado para Fernanda.
— Faço uma senhorinha que tem uma paixão pelo personagem do Tarcísio Meira. Estava solta aí na vida e veio o convite da (diretora) Denise Saraceni. Achei ótimo, é um projeto de primeira linha.
No filme de Carolina Jabor, “Boa sorte”, roteiro de Jorge Furtado, ela é a avó da personagem de Deborah Secco, soropositiva viciada em drogas.
— O tema geral é como todos somos envenenados por drogas, de todos os tipos, consentidas ou não, do remedinho até a mais pesada. Sou uma avó que foi um das loucas dos anos 1970, que vem se livrando do vício, mas de vez em quando puxa sua maconha, o que pelo menos é mais barato.
No longa de Domingos Oliveira, Fernanda será dona Mocinha, a severa matriarca de uma família. O texto é autobiográfico, e a personagem é inspirada na avó de Domingos. No original é uma peça que foi encenada pela primeira vez em 1980, com direção de Paulo José, e Carmen Silva, Fernando Torres e Fernanda no elenco. Em 2010, o próprio Domingos fez Mocinha.
Em “O tempo e o vento”, baseado na obra de Erico Verissimo, ela interpreta Bibiana na terceira fase, com 90 anos.
Os compromissos impedem que Fernanda se dedique mais a seu Instituto de Artes Reunidas, criado com os dois filhos e sua produtora, Carmen Mello. O escritório funciona no Jardim Botânico, mas ainda falta uma sede. Será um pequeno, mas “sólido”, centro sociocultural com oficinas, leituras de peças e roteiros de cinema, espaço para montagens, debates, exposições, eventos, exibição de filmes de arte, música de câmara e acústica. Também haverá uma escolinha de arte em período integral para crianças de 3 a 6 anos, biblioteca e videoteca, focando a memória do teatro brasileiro em geral e da trajetória de Fernanda, em particular. Ele irá abrigar o acervo da atriz e de colegas de geração que não tiverem onde guardar o seu.
— É preciso que paremos e dediquemos um ano para realmente pôr em prática o instituto. Mas agora estamos empenhados em várias frentes e não conseguimos pensar que ações podemos fazer.
URL: http://glo.bo/ZYX0GF



Fernanda Montenegro reflete sobre o envelhecimento e a profissão que a mantém altiva aos 83 anos

Atriz vai estrear na direção teatral e ainda tem três filmes e uma novela a caminho





RIO - Aos 83 anos, Fernanda Montenegro emenda um trabalho atrás do outro, de Norte a Sul do país, mas não se queixa de cansaço.
— Eu me poupo desse charme de falar “não quero mais, daqui a pouco vou parar”. No máximo é um desabafo de uma tarde de verão. Fisicamente você pode até dizer “puxa, mais uma vez sair por aí afora”, mas o espírito te leva com muita alegria.
Ela não celebra nem lamenta a velhice. Como diz, nem idealiza nem deprecia a idade. Por isso, evita os extremos, seja eufemismos como “melhor idade”, seja palavras como “velho”, contaminadas pelo preconceito.
— Melhor idade? Imagina. Você vai perdendo a audição, a visão, o paladar, sua pele vai secando. Mas é uma realidade, que vai piorar se você começar a achar que é uma desgraça. É da natureza e ponto, vamos tocar a vida.
Por outro lado, levou um susto outro dia quando alguém, falando a seu respeito, disse: “Mas é uma octogenária.”
— Achei a palavra horrenda. É verdade que sou, mas que palavra brutal.
Ela acredita que o segredo para encarar o envelhecimento é encontrar um canal, “algo que alimente o ser humano”. No caso dela, são dois canais:
— O primeiro é uma predisposição que tenho para a vida. O outro é ter uma vocação e realizá-la, porque ela é inarredável. Nos encontros com jovens atores, sempre digo: “Desistam. Agora, se você não conseguir se levantar mais da cama, comer e respirar, aí volte e vá fazer essa profissão.” Porque se você ficar à morte só pode voltar para viver. Mas aguente as consequências, porque é uma profissão marginal e marginalizada, e vai ser sempre. No caso do teatro, seu trabalho só existe enquanto alguém que viu você fazer estiver vivo.
Fernanda está com projetos de cinema, teatro e TV em 2013. Um ano atípico? Não.
— Sempre tenho pelo menos duas dessas modalidades funcionando.
Mas, desta vez, há uma novidade. Ela estreia na direção com a peça “Nelson Rodrigues, por ele mesmo — Um depoimento”, que entra em cartaz em meados do ano. A ideia veio quando leu o livro de Sonia Rodrigues, filha de Nelson, que compilou documentos, crônicas, entrevistas e textos do pai.
— Achei fantástico. Ano passado, no centenário, todas as suas peças foram montadas, mas quase ninguém falou do Nelson, dessa figura que no fundo é a sua grande criação.
Ela ensaia há um mês com Otávio Augusto, que não virá caracterizado.
— Ele não vai botar barriga, terno azul marinho, sapato marrom, meia branca, gravata bordô, peruca. Não vai falar de boca fechada, lentamente. É justamente para ficar na essência de Nelson. A peça é um depoimento para uma plateia, é um falar um pensamento. Minha finalidade ao tocar nesse material é ser absolutamente fiel, respeitá-lo a ponto de não sair dele. Não tem dramaturgia, não tem uma fala que não seja do texto dele — diz ela, que organizou tudo em blocos, como as redações de jornal, a política, o amor, sua vida.
No cinema, Fernanda filmou ano passado em Pelotas, no Rio Grande do Sul, “O tempo e o vento”, com direção de Jayme Monjardim, que estreia em outubro. Rodou no início deste ano “Boa sorte”, de Carolina Jabor, ainda sem previsão de lançamento. E, no fim de 2013, entra no set de “Do fundo do lago escuro”, de Domingos Oliveira. Na TV, fez em dezembro a dona Picucha no especial “Doce de mãe” (cotado para virar seriado em 2014) e estará em “Saramandaia”, que começa a ser gravada em abril e vai ao ar em junho.
Apesar de transitar com igual desenvoltura por cinema, teatro e TV, ela deixa clara uma diferença de tratamento.
— Eu me ofereço ao teatro, vou em busca dele, fustigo-o. Bato na porta e peço para entrar. Nos outros meios de arte, eu sou solicitada. Não saio me oferecendo para o cinema e para a TV.
O que não é tão comum hoje em dia.
— Atualmente, pelos cursos todos que eu vejo, 80% dos alunos estão visando o mundo eletrônico.
Ela fala de como é “muito pesaroso” ver as mortes em sua geração, aquela entre 80 e 90 anos, formada por atores que se “forjaram buscando personagens”.
— De uns poucos anos para cá, morreram Paulo Autran, Sérgio Viotti, Gianfrancesco Guarnieri, Sérgio Britto, Italo Rossi, Renato Consorte, Chico Anysio, Walmor Chagas, Fernando (Torres, seu marido). É uma limpeza assustadora. São peças que não têm reposição. Fernando foi um louco por teatro, uma vida de entrega, dirigindo, atuando e produzindo.
Foram 60 anos ao lado de Fernando, que morreu em 2008. Ela não quis se mudar do apartamento onde moraram juntos nos últimos 12 anos, em Ipanema.
— A casa tem muito dele. Poltrona, livros, há toda uma memória aqui dentro que me acompanha com muita emoção. Tem os retratos dele. Converso com Fernando. Mas não sou uma velhinha maluca — diz, com bom humor.
São coisas como “poxa, mas está difícil o dia hoje”, “hoje foi pesado”, olhando para as fotos. Sair do apartamento que acumula tantas lembranças não vai ser fácil, mas faz parte dos planos.
— Acho que uma hora quero morar perto da Nanda (sua filha, a atriz Fernanda Torres), na Lagoa. Para estar junto dela e ela junto de mim. E também pelo Cláudio (seu filho, o diretor Cláudio Torres, que mora no Humaitá). A família é muito interligada, e uma hora você vai precisar de um suporte. Você tem que se organizar para isso, sem morbidez, mas com objetividade.
Fernanda Montenegro foi ver “Amor”, do austríaco Michael Haneke, Oscar de melhor filme estrangeiro. Saiu impactada com a atuação de Jean-Louis Trintignant, de 81 anos, e Emmanuele Riva, de 85 anos, que foi indicada ao prêmio de melhor atriz — caso também de Fernanda, em 1999, por “Central do Brasil”.
— São extraordinários. Você vê até onde pode chegar uma atuação. Vê a predisposição em mexer, aceitar, entender e se integrar a zonas insalubres.
No filme, Georges e Anne têm seu tranquilo cotidiano radicalmente afetado pela doença dela, que sofre um AVC.
— Não sabia que era nessa dimensão a demonstração do ser humano em seu estertor. Se soubesse, talvez não tivesse ido ver. Mas aí teria perdido tamanho grau de interpretação.
Ela fala de como é assistir a um filme com a temática do envelhecimento e da doença protagonizado por personagens da mesma geração.
— Você dá graças a Deus por não estar naquele estado, mas, ao mesmo tempo, reconhece que de repente talvez possa entrar naquela situação e ficar na área de perigo.
Fernanda conserva a independência física, mental e financeira. Quando não está viajando, anda diariamente pelo calçadão de Ipanema. Na hora de subir três ou quatro andares, usa a escada. E ainda tem as exigências da profissão.
— Nada é mais solicitante para o físico do que o palco.
Mas, como diz, nem todos chegam à idade avançada com “pujança de vida”.
— E aí precisam de assistência, de alguém que cuide.
Apoio que muitas vezes não vem. Ela explica que, no caso de uma criança, que ainda não tem domínio de sua estrutura, as pessoas ficam muito felizes em cuidar porque ela está a caminho da vida. Mas, quando se trata de cuidar de alguém que está nos últimos instantes, que só vai piorar, tudo muda. Fernanda reclama desse descaso com a “velhice desvalida”.
— A pessoa não entende que vai para o mesmo lugar. A Humanidade nem sempre tem uma visão da sua falência.
A peça “Nelson Rodrigues, por ele mesmo — Um depoimento” é a única na agenda teatral do ano. Mas, se surgir uma brecha, tem ainda “Viver sem tempos mortos”, com direção de Felipe Hirsch, sobre a vida e a obra de Simone de Beauvoir, que estreou em 2009. Em 2012, a atriz apresentou o monólogo nos CEUs (Centros Educacionais Unificados) de São Paulo, e pode voltar a qualquer momento com ele.
— Recebo pedidos do Brasil todo, de festivais ou não.
Mês que vem começa a gravar “Saramandaia”, remake de Ricardo Linhares para a novela de Dias Gomes. O papel foi criado para Fernanda.
— Faço uma senhorinha que tem uma paixão pelo personagem do Tarcísio Meira. Estava solta aí na vida e veio o convite da (diretora) Denise Saraceni. Achei ótimo, é um projeto de primeira linha.
No filme de Carolina Jabor, “Boa sorte”, roteiro de Jorge Furtado, ela é a avó da personagem de Deborah Secco, soropositiva viciada em drogas.
— O tema geral é como todos somos envenenados por drogas, de todos os tipos, consentidas ou não, do remedinho até a mais pesada. Sou uma avó que foi um das loucas dos anos 1970, que vem se livrando do vício, mas de vez em quando puxa sua maconha, o que pelo menos é mais barato.
No longa de Domingos Oliveira, Fernanda será dona Mocinha, a severa matriarca de uma família. O texto é autobiográfico, e a personagem é inspirada na avó de Domingos. No original é uma peça que foi encenada pela primeira vez em 1980, com direção de Paulo José, e Carmen Silva, Fernando Torres e Fernanda no elenco. Em 2010, o próprio Domingos fez Mocinha.
Em “O tempo e o vento”, baseado na obra de Erico Verissimo, ela interpreta Bibiana na terceira fase, com 90 anos.
Os compromissos impedem que Fernanda se dedique mais a seu Instituto de Artes Reunidas, criado com os dois filhos e sua produtora, Carmen Mello. O escritório funciona no Jardim Botânico, mas ainda falta uma sede. Será um pequeno, mas “sólido”, centro sociocultural com oficinas, leituras de peças e roteiros de cinema, espaço para montagens, debates, exposições, eventos, exibição de filmes de arte, música de câmara e acústica. Também haverá uma escolinha de arte em período integral para crianças de 3 a 6 anos, biblioteca e videoteca, focando a memória do teatro brasileiro em geral e da trajetória de Fernanda, em particular. Ele irá abrigar o acervo da atriz e de colegas de geração que não tiverem onde guardar o seu.
— É preciso que paremos e dediquemos um ano para realmente pôr em prática o instituto. Mas agora estamos empenhados em várias frentes e não conseguimos pensar que ações podemos fazer.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/fernanda-montenegro-reflete-sobre-envelhecimento-a-profissao-que-mantem-altiva-aos-83-anos-7725755#ixzz2MVe2Zk1W
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terça-feira, setembro 06, 2011

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terça-feira, junho 28, 2011

terça-feira, junho 21, 2011

BOM DIA, FIZ UMA BOA VIAGEM PELO SEU BLOG. AS NOTÍCIAS, A ESTÉTICA, AS CORES, O VERDE DE FUNDO, TUDO MARAVILHOSO. PARABÉNS Lúcia Helena Pereira poemar704@hotmail.com www.outraseoutras.blogspot.com


Por LÚCIA HELENA
Natal teu nome é cheio de glórias,


Sempre vives na memória deste grande Brasil;

Orgulho-me quando falo sempre assim,

D vale do ceará – mirim,

Dos verdes canaviais;



Venha conhecer a nossa cidade,

A maior igreja do estado

A casa do barão;

A usina são Francisco;

O engenho união;

O túmulo da linda Emma;

A fazenda nascença.



O banho das escravas,

A casa grande do Guaporé;

O olheiro diamante;

O engenho verde nasce;

A fazenda igarapé;

Os quilombolas em coqueiros;

Capela, matas, mineiros,

E os artistas do lugar;

Walter luz, Santana, vilela,

Sayonara, Euds e Edgar;

Raquel Juliana, Tobias,

Crésio, Franklin e Wilsinho;

Arnaldo e Cleopatrá.

Nome difícil de pronunciar

Múcio Vicente que não urge,

Apenas sente que Ta na hora de encerrar;

peço desculpas aos demais artistas;

Por seus nomes não citar

Não é falta de interesse

É o tempo que não dá;

Pois já está me dando fome

Preciso me alimentar

Com o grude de coqueiros,

A tilápia de mineiros;

O camarão de Viveiros,

Para agente degustar;

Caldo de cana,

Picado fresquinho,

Tapioca com camarão

E depois de uma qualhada

Vou tomar uma gelada

Lá em Zé do Recantão,

Buchada, peixe frito,

Carne assada do Zé Dantas,

O lanche de dona santa

E os carinhos da vovó;

E nos finais de semana

Depois de tomar uma de cana

Vou pra Zé do Mocotó;



É... Eu sou da qui,

Vivo sempre contente;

Sou Múcio Vicente,

Filho de Parú

E sempre que tenho grana

Banho-me toda semana

Em porto mirim, jacumã e Muriú.

É... Essa terra é linda

Por gosto se pode ver

Está é minha cidade

Eu te convido a conhecer

Isso que estou te dizendo

Não é papo furado nem tão pouco zum... zum... zum

Aqui só não tnha Teatro,

Mas a Peixoto falou que já comprou um!

Múcio Vicente
 
Comentários do nobre ator, Crésio Torres:
 
“É muito melhor arriscar coisas grandiosas (na tentativa de alcançar) alcançando triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito, que nem goza muito, nem sofre muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta, que não conhece vitória nem derrota”. Franklin D. Roosevelt Parabéns! Continue arriscando coisas grandiosas, e não dê bandeira aliada aos exterminadores do entusiasmo humano.


Eu canto a minha aldeia E o meu canto é tão profundo Que numa grande cantilena Eu encantarei o mundo Na mesma pauta, harmonia Erudita e popular Canto da Boca da Mata Boca da Mata cantar
                                                                                                                    Crésio Torres

terça-feira, maio 31, 2011

AMANHÃ, QUARTA-FEIRA, ÀS 16 HS OS INTEGRANTES DA ACLA (Academia Cearamirinense de Letras e Artes) ESTARÃO REUNIDOS NA CÃMARA DE VEREADORES (hoje o "point" das discussões culturais de CM) PARA APRECIAR O "PROJETO MEIRA E SÁ" A SER REALIZADO AINDA NESTE MÊS DE JUNHO, COMO 2ª INICIATIVA DA ACLA NO MUNICÍPIO. A PRIMEIRA FOI A EDIÇÃO E LANÇAMENTO DO LIVRO DE POEMAS DE AMARILDO.

sábado, maio 21, 2011

Desespero sábado a tarde!


Depois de uma mudança de endereço da escola UBALDO BEZERRA para o EDGAR BARBOSA (Estado) Sem o consenso dos alunos, a Universidade Estadual Vale do Acaraú, vem provando que os alunos desta tão conceituada instituição de ensino, desfrutam apenas de deveres deixando a desejar a segurança e bem estar dos futuros educadores do nosso Ceará - Mirim,
A escola Ubaldo Bezerra Localiza-se na rua principal (av. Eneas Cavalcante) Boa localização, fácil acesso para as pessoas que vem de Zumbi, Maxaranguape, Taipú, Ielmo Marinho, Rio do Fogo e outras cidades, já a Escola Professor Edgar Barbosa localizada no conjunto Luiz Lopes Varela dentro de um canavial, estado de vulnerabilidade a assaltos, escola que no período chuvoso as salas se enchem de águas, banheiros com vazamentos e torneiras quebradas.
         Vazamento na caixa de brita, as laterais da escola vivem sempre cheias de mato que há um mês a fedentina obrigou os alunos afetados a mudar de sala (animais em estado de putrefação) da penúltima vez o canavial pegou fogo e a maioria dos alunos, sufocados e quase asfixiados, foram parar no Dr. Pecílio Alves, mas a ultima desses dias estavam para acontecer sábado 14/05/2011 mais precisamente às 15h30min quando uma neblina dava início a um grande desespero, o poste de energia elétrica da escola ao acumular água começou a estourar (Pipocos) nesse momento o que se podia ver era rapazes, moças e idosos pulando o muro da escola citada em direção ao canavial na tentativa de escaparem do fogo.
         Por esses e outros motivos o jovem Damião aluno desta instituição resolveu junto com os demais alunos uma paralisação até segunda ordem.

quarta-feira, maio 18, 2011

AGORA VAI!!!!!!!!!!!!!


Prefeito Antônio Peixoto

A Prefeitura Municipal de Ceará-Mirim com apoio do Crutac, está realizando em nossa cidade um curso para formação de costureiras. O curso será ministrado por professores de nossa cidade e da capital do estado. As alunas que se dividirão em três turmas, terão aulas teoricas e praticas. O curso iniciou-se nesta segunda 16/05 e se estenderá até o próximo mês.

O curso terá duração de cinquenta dias, e será ministrado e acompanhado por profissionais capacitados e habilitados para prepararem as alunas em costureiras profissionais. A industria textil no Rio Grande do Norte é uma das que mais cresce excessivamente, daí a preocupação do Prefeito Antônio Peixoto em capacitar as nossas profissionais da costura. Segundo a coordenadora do curso, Edleuza Cavalcante, avisa que ainda tem vagas, as interessadas em participarem deverão procurar a antiga Escola Bem Me Quer em Ceará-Mirim até a próxima sexta-feira e fazer a sua inscrição.

Postado por João André às 20:13

sábado, maio 07, 2011

E aê?????????????????


Não importa onde você parou...


em que momento da vida você cansou...

o que importa é que sempre é possível e necessário

"Recomeçar".


Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...

é renovar as esperanças na vida e o mais importante...

acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?

foi aprendizado...

Chorou muito?

foi limpeza da alma...

Ficou com raiva das pessoas?

foi para perdoá-las um dia...

Sentiu-se só por diversas vezes?

É por que fechaste a porta até para os anjos...

Acreditou que tudo estava perdido?

Era o início da tua melhora...


Pois é...agora é hora de reiniciar...de pensar na luz...

de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal um novo emprego? Uma nova profissão?

Um corte de cabelo arrojado... diferente?

Um novo curso... ou aquele velho desejo de aprender a

pintar... desenhar... dominar o computador...

ou qualquer outra coisa...

Olha quanto desafio...

quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.

Tá se sentindo sozinho? besteira...

tem tanta gente que você afastou com

o seu "período de isolamento"...

tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu

para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza...

nem nós mesmos nos suportamos...

ficamos horríveis... o mal humor vai comendo nosso fígado...

até a boca fica amarga.


Recomeçar...

hoje é um bom dia para começar novos desafios.

Onde você quer chegar?

Vá alto... sonhe alto... queira o melhor do melhor...

queira coisas boas para a vida...

pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos...

Se pensamos pequeno... coisas pequenas teremos...

já se desejarmos fortemente o melhor e

principalmente lutarmos pelo melhor...

o melhor vai se instalar na nossa vida.

E é hoje o dia da faxina mental...

jogar fora tudo que te prende ao passado...

ao mundinho de coisas tristes...

fotos... peças de roupa, papel de bala...

ingressos de cinema... bilhetes de viagens...

e toda aquela tranqueira que guardamos

quando nos julgamos apaixonados...

jogue tudo fora... mas principalmente...

esvazie seu coração... fique pronto para a vida...

para um novo amor...

Lembre-se somos apaixonáveis...

somos sempre capazes de amar muitas

e muitas vezes... afinal de contas...

Nós somos o "Amor"...

quinta-feira, maio 05, 2011

Parabéns a Severino Martiniano o famoso “BÍU”

Falo de uma das primeiras pessoas a criar o cortejo Cultural no nosso município que até hoje é copiado, não somente o cortejo, mas muitas coisas nessa terra são copiadas por aqueles que não param para criar.



Hoje estamos colando com grude as flores que no passado despetalamos...

quinta-feira, abril 28, 2011

Republicação do Blog "Grade Ponto"

O Vale Verde do Ceará-Mirim

Mercado do Café

Textos: Alexandro Gurgel
Fotos: Hugo Macêdo

“Nos primeiros tempos da colonização, Estremoz, com seu colégio Jezuítas, onde se educou o grande índio Poti, e sua lagoa povoada de lendas, era o ponto mais avançado no caminho que ia a capital. Pouco adiante do taboleiro, era a mata virgem e misteriosa donde não mais voltavam muitos que nela penetracem. O nome Boca da Mata, como era denominado a região que é hoje o Ceará-Mirim, das terras ubertosas e dos extremos canaviais, infundia certo pavor”. (Manoel Dantas, in “Homens de Outrora”, Editora Sebo Vermelho. Natal, RN, 2001).

No século XVII, quando os portugueses chegaram oficialmente ao Vale do Ceará-Mirim, os índios Potiguares, chefiados por Felipe Camarão, o índio Poti, já habitavam a localidade de Guajiru, as margens do Rio Pequeno, hoje Rio Ceará-Mirim. Logo após a saída dos padres jesuítas, os índios negociaram suas terras com os colonizadores portugueses, os quais utilizaram o trabalho escravo para desenvolverem a economia do lugar, através do plantio de cana-de-açúcar.
O Vale prosperou e cresceu a partir da produção canavieira e, durante a fase patriarcal e escravocrata do açúcar, tornou-se referência de ostentação e de muito luxo, tendo seus senhores de engenhos possuindo carruagens forradas com seda e promovendo pomposas festas para a aristocracia nos salões dos seus Casarões.
Ceará Mirim teve sua origem ligada à criação da primeira Vila do Rio Grande do Norte, a Vila de Estremoz, sucedânea da antiga Aldeia de São Miguel do Guajirú, que foi suprimida por Ordem Régia do rei de Portugal, Dom José I, datada de 3 de setembro de 1759. A Vila Nova de Estremoz foi instalada no dia 3 de maio de 1760.
Ceará Mirim, que na época chamava-se Boca da Mata e pertencia a Estremoz, passou a ser sede do município em 18 de agosto de 1855, sendo chamada Vila de Ceará Mirim. A vila recebeu foros de cidade em 9 de junho de 1882, pela Lei número 837.
De acordo com Luís da Câmara Cascudo, a origem do nome da cidade é dada pela “Seara, várzea do Seara”, rio mencionado pelo historiador no livro “Nomes da Terra”, Sebo Vermelho Edições, que tinha sua nascente entre Lajes e Angicos, atravessando os municípios de João Câmara e Taipu, despejando no mar na Barra de Inácio de Góis. A tradução do vocábulo “Ceará”, segundo o escritor José de Alencar é “fala ou canto do papagaio”.
“No Vale cobriu-se de canaviais e, sede de rico patriarcado agrícola e industrial, com elegância e poderio econômico, Ceará-Mirim tornou-se um dos primeiros municípios da Província do Estado”, escreveu Câmara Cascudo.
O município está localizado a 33 km de Natal, na região do Mato Grande. A cidade preserva alguns casarios do início do século XIX, construídos no auge da produção açucareira.
A economia local continua tendo como grande referencial os produtos agrícolas, com destaque para a produção de cana-de-açúcar, banana, goiaba e mamão. O vale também oferece uma variedade de produtos como a avicultura, o pescado, produção de rapadura e o turismo. O artesanato é representado por vasos de argila e peças ornamentais de cerâmica, abundantes na região.
No folclore, destacam-se os Caboclinhos do Ceará Mirim, que desde o ano de 1952 apresentam-se para o povo. É também Ceará Mirim o município onde existe o maior número de lendas. Entre elas, destaca-se “O Porão e a Lenda da Cabeça”.
A tradicional festa da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição, acontece entre os dias 28 de novembro ao dia 8 de dezembro, com extensa programação cultural, religiosa e festiva.
 
Solar dos Antunes
Casarios contam a história

O Solar Antunes é um imponente casarão no centro da cidade, foi construído em 1888, em estilo colonial, pertenceu à família Antunes e foi doado por Rui Pereira Júnior, seu último herdeiro, para ser a sede da Prefeitura Municipal.
Iniciada pelo Frei Ibiapina, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, levou longos 40 anos para ser construída. Atualmente, a igreja é considerada um dos maiores templos religiosos do Rio Grande do Norte.
Reformado recentemente pela Prefeitura Municipal, o Mercado do Café é o marco de uma economia ativa e próspera durante o ciclo canavieiro. Construído por volta de 1880, o mercado era um grande entreposto para a comercialização dos produtos da cana de açúcar (rapadura, mel, álcool, açúcar, melaço e aguardente).
Inaugurada em 1906, a Estação Ferroviária de Ceará-Mirim integra a população cearamirinense com a capital do Estado. Nos seus vagões, o tem trazia novos comerciantes para a cidade e levava a produção do Vale para Natal.

Engenho Mucuripe
Os Engenhos do Vale
A paisagem bucólica, entre verdes canaviais, palmeiras imperiais e frondosas mangueiras, esconde verdadeiros tesouros históricos. Dezenas de Engenhos, alguns em ruínas e no completo abandono, outros intactos e preservados, formam a “Rota dos Engenhos”, projeto turístico da prefeitura de Ceará-Mirim.
O Museu Nilo Pereira, antiga Casa Grande do Engenho Guaporé, construído em 1850, é de grande importância para a história do RN. Uma das razões é que abrigou o governador da Província, Vicente Inácio Pereira, por volta de 1860. Completamente entregue às traças e morcegos, o Museu Nilo Pereira pertence à Fundação José Augusto, que usa o lugar como depósito.
Na propriedade onde existiu o Engenho Santa Theresa, cuja lembrança é uma enorme chaminé que resistiu ao tempo e permanece de pé, há uma nascente de água cristalina, chamada de “Banho das Escravas”. Como o nome sugere, era o local onde as escravas se banhavam e lavavam as roupas dos seus senhores.
Algumas edificações estão completamente em ruínas, deixando a mostra suas paredes de tijolos duplos, expondo toda a imponência de outras épocas. O velho Engenho Carnaubal, o primeiro do Vale, construído em 1840, oferece ao visitante uma referência da grandeza da arquitetura usada pelos Barões do Açúcar. O engenho Ilha Bela, construído em 1888 pelo Coronel José Felix da Silveira Varela, também está em pleno estado de ruínas.
A terra do Engenho Verde Nasce guarda uma das maiores curiosidades do Vale: o “Túmulo de Emma”. Uma construção onde foi sepultada uma inglesa chamada Emma. Conta a lenda do lugar, que o jovem Victor Barroca, filho do proprietário do engenho Verde Nasce, Marcelo Barroca, foi estudar na Inglaterra e casou-se com uma moça inglesa, vindo morar no engenho.
Ao acompanhar o marido, Emma não resistiu ao clima e faleceu em 1881 (data da lápide). Naquele tempo, a Igreja Católica não permitiu o sepultamento num cemitério, uma vez que sua religião era Anglicana. Seu esposo mandou construir o túmulo no alto de uma colina – local onde o casal costumava passar as tardes – rendendo todas as homenagens possíveis.
A preservação do Patrimônio Histórico está garantida pela conservação de alguns engenhos, uns continuam fechados, mas outros estão em pleno funcionamento. O Engenho Mucuripe, fundado em 1935 por Rui Pereira, o mais antigo em atividade na região, produz anualmente rapadura de boa qualidade, mel e açúcar mascavo.
A Casa Grande do Engenho São Francisco, onde hoje funciona o escritório da Usina Açucareira do Vale do Ceará Mirim, foi residência do Barão do Ceará Mirim. Construído no final do século XVIII, em estilo colonial, o casarão resiste ao tempo e preserva seus traços da arquitetura portuguesa.
Uma gôndola decora a praça do Parque da Cidade, construída em homenagem a cidade portuguesa de Vagos, co-irmã de Ceará-Mirim. O Parque da Cidade é um terminal turístico, com uma infra-estrutura pronta para atender o visitante.
Dentro de uma visão de interiorização do turismo e a diversificação de roteiros culturais, a “Rota dos Engenhos” é uma alternativa cultural, com gosto de aventura histórica, oferecida pelos verdes canaviais do Vale do Ceará-Mirim.

GRUPO PEDUBREU ORGULHOSAMENTE


 “2° CULTIVANDO ARTE – EDIÇÃO ESPECIAL”

TEATRO MUNICIPAL POTI CAVALCANTÍ

ALEXANDRE CAVALCANTI

sábado, 30 de abril • 19:00 - 22:00

SÃO GONÇALO DO AMARANTE - RN


segunda-feira, abril 11, 2011

Pedro Simões me Homenageou!!!


TODOS CANTAM SUA TERRA, TAMBÉM VOU CANTAR A MINHA. - Domingo de sol aqui em Natal, galo de campina ciscando no meu jardim, o cachorrinho de minha filha correndo atrás de uma lagartixa. Paz de cidade de interior, lembrei-me de Ceará-Mirim. E é com orgulho que apresento aos amigos e às amigas do FB, o ator Cearamirinense MÚCIO VICENTE, phd em folclore, ator de textos da cultura popular, cordelista, "performer", artista sensível e culto, hoje cidadão que cruzou os limites do verde vale e encheu a medida do talento em todo o estado.

 Geralda Efigenia tive o prazer de assistir sua atividade artistica no sarau de Ceicinha, vou postar a foto dele aqui para vc passar para ele.

Marcos Câmara Câmara O Múcio é um grande artista. Era, pra estar na glôbo! Ele é fantástico.

 Ilna Rosado Amei, Pedro. Bem bucólico. Tem gosto de infância. 

Vera Mirtis concordo plenamente com vc, ta ai alguem que merece todo o meu reconhecimento.

domingo, abril 10, 2011

CONSTRUÇÃO DO TEATRO MUNICIPAL DE PARNAMIRIM


Naur Ferreira, secretário de Obras de Parnamirim, que vem mostrando um bom volume de obras naquele município confirmou que a prefeitura vai iniciar a construção do Teatro Municipal de Parnamirim e - por meio de recursos do PAC -, três novas creches para o município. 
“A construção do teatro é um anseio antigo da população de Parnamirim e um desejo do prefeito Maurício Marques, para valorizar a produção cultural da cidade”, disse o secretário.
O secretário da Semop vem realizando uma ação conjunta nos bairros, juntamente com outras secretarias, para resolver problemas de drenagem, pavimentação , saúde pública, educação, assistência social, esporte, etc.
 Obras
A sua gestão frente à pasta de obras já realizou diversas ações, entre elas a construção de cinco escolas municipais, dois centros infantis, três postos de saúde, uma Unidade de Pronto Atendimento, Complexo Centro Clinico Doutor Sadi Mendes, pavimentação de 200 ruas pelo método bripar em diversos bairros, recuperação das lagoas de captação do Araguaia e Emaús, construção de dois pontilhões sobre o Riacho Vermelho, recuperação e ampliação da lagoa de captação de Parque das Orquídeas, com implantação de caminhodromo, equipamento de ginástica e recuperação de quadra poliesportiva, construção da Central de Atendimento Social, recuperação da estrutura física dos centros poliesportivos e a construção de 46 unidades habitacionais, patrão popular na comunidade de Moita Verde.
“Estamos com várias obras importantes para o município em fase de execução”, informou. “Dentre elas a construção da lagoa de captação da Petra Kelly, com implantação de drenagem de águas pluviais da bacia, pavimentação, caminhodromo em volta da lagoa e equipamento de ginástica, Programa Banheiro Legal, construção de banheiros em unidades habitacionais desprovidas de banheiros, construção da praça do mercado velho e Praça do Dia-Dia, construção de três Unidades Básicas de Saúde (Nova Parnamirim, Liberdade e Parque das Orquídeas e recuperação e manutenção da estrutura física das escolas municipais e centros infantis”, concluiu Naur Ferreira.