terça-feira, julho 20, 2010

Xangai e Biliu participam do Forró em Debate

Após a palestra, forrozeiros se apresentam no Forró da Lua, neste sábado (24).

Por Redação
De Jackson do Pandeiro, passando por Elino Julião a Jacinto Silva, o coco de embolada já deu muito pano pra manga no forró. Por isso mesmo, no próximo sábado (24) o Forró em Debate vai redescobrir o coco e a poesia desse sertão sem fronteiras através do conhecimento de dois mestres: o cantor, cantador e compositor Xangai e o forrozeiro paraibano Biliu de Campina.

O mediador será o jornalista pernambucano Paulo Wanderley, criador do site Gonzagão. A programação começa às 19h, na Fazenda Bonfim (estrada para a Lagoa do Bonfim). Depois dos debates, os artistas se apresentam no já tradicional Forró da Lua.

Nascido no sertão baiano, Xangai aprendeu a cantar com vaqueiros e cantadores da região, influência que permeou sempre a sua obra. Filho e neto de sanfoneiros, teve seu primeiro disco "Acontecivento" lançado em 1976 pela gravadora CBS, mas depois seguiu uma carreira independente, desvinculada das grandes gravadoras.

Cantador, trovador, violeiro, gravou, além dos discos solo, um em parceria com Renato Teixeira e dois volumes do disco "Cantoria", resultado de um show ao lado do seu primo e parceiro Elomar, Vital Farias e Geraldo Azevedo realizado em 1984. Com sua voz penetrante, interpreta composições próprias e adaptações do folclore nordestino, em ritmo de xotes, cocos e toadas.

Severino Xavier de Sousa, mais conhecido como Biliu de Campina, é um discípulo de Jackson do Pandeiro. Faz forró tradicional com pitadas de humor. Formou-se em Direito, mas deixou a profissão de advogado para ser músico, resgatando o forró de raiz.

Biliu é um forrozeiro que transita pela sua cidade natal, Campina Grande como um referencial da música autêntica nordestina. É fácil encontrá-lo no meio dos turistas no Parque do Povo e horas depois estar em cima do palco fazendo show.

Tem programa de rádio, dá palestras em escolas e universidades. Se auto-intitula como o maior carrego de Campina Grande. Critica as bandas de forró eletrônico e forró universitário, classificando-os como sendo travestis de forrozeiros, que aparecem como Balão junino; “fazendo forró à força e dizendo que estão dando força para o Forró”.
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Biliu lançou seis álbuns independentes: Tributo a Jackson e Rosil; Forró O Ano Inteiro; Matéria Paga; Do Jeito Que O Diabo Gosta e Forrobodologia. Em 2002 lançou o disco Diga Sim A Biliu de Campina, trocadilho da campanha nacional do Combate à Pirataria.
http://www.nominuto.com/vida/cultura/xangai-e-biliu-participam-do-forro-em-debate/56877/

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